A MENINA ESCRAVA DE NAAMÃ, uma menina anônima

 “E saíram tropas da Síria, da terra de Israel, e levaram presa uma menina que ficou ao serviço da mulher de Naamã. E disse esta à sua senhora: Antes o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra. Então foi Naamã e notificou ao seu senhor, dizendo: Assim e assim falou a menina que é da terra de Israel.” 2 Reis 5:1-4


Desde os mais remotos tempos, o nome de alguém retrata a importância, o valor, a influência, o prestígio, a autoridade e a responsabilidade da pessoa. Para os povos primitivos, o nome não era apenas o que distinguia uma pessoa da outra, mas era também uma parte essencial dela própria. A Bíblia mostra que o nome das pessoas é aquilo que elas são. No entanto, a menina levada presa pela tropa de Naamã, para ser escrava na Síria, não teve o seu nome citado, nem de qual família viera. Essa menina foi levada para trabalhar na casa de uma pessoa leprosa. A Bíblia não cita o nome da menina, mas mostra o nome desse homem: Naamã. A menina não foi convidada para trabalhar na casa dele, mas foi levada cativa, prisioneira, escrava, sem direito a salário, feriados ou folgas.


Mesmo sem nome, escravizada, dá um lindo exemplo de amor a Deus, que foi o respeito ao profeta. Como havia tido um referencial de conduta e atitudes, do seu pastor e profeta Eliseu, ela soube ter sensibilidade e se compadeceu do seu senhor. Quando aquela menina viu a dor de Naamã, não se lembrou de médico algum, mas do profeta que pregava a Palavra de Deus, que ensinava o povo e trazia consolo e ânimo para as pessoas. Por isso, essa menina sem nome ousou dizer à sua senhora que conhecia um profeta em Samaria e que, se o marido dela fosse até lá, Eliseu oraria e Naamã seria curado da lepra, porque o profeta serve a um Deus vivo. Assim, mesmo escrava, a menina não se revoltou contra Deus. Ela era prisioneira e não podia libertar ninguém, mas conhecia quem poderia libertar as pessoas da dor, da lepra, das doenças. Aquela menina falou com tanta convicção, que a esposa de Naamã convenceu-o a ir até o profeta. E ele voltou curado.


A Bíblia, no entanto, encerra a história dizendo apenas: “E ele foi curado”. A menina não recebeu nenhuma honraria. Não importa que não sejamos conhecidos ou reconhecidos. O mais importante é que nosso nome esteja escrito no Livro da Vida, que Deus nos conhece pessoalmente e nos chama pelo nome.


Que Deus nos abençoe e que, como Eliseu, levemos esperança a todos.


Pr. Jorge Linhares

www.getsemani.com.br

Twitter: @_JorgeLinhares

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